Escute o cabo Datalink na SemanÁudio 2023

Escute o cabo Datalink na SemanÁudio 2023

Realizado há mais de sete anos em São Paulo, evento é considerado o maior na área de som do Brasil e da América Latina.

Rosângela Ribeiro Gil
Jornalista
imprensa@afdatalink.com.br

Cristina Harms Camacho
Arte e fotos
elisabeth@afdatalink.com.br


A DATALINK
, empresa brasileira há 30 anos fabricando cabos e conectores de alta qualidade e performance, participará como expositora na SemanÁudio 2023, que acontece de 25 a 27 de abril, na capital paulista. O evento, considerado a maior imersão em áudio do Brasil, reúne especialistas e técnicos da área de sonorização e oferece para empresas e marcas de áudio a oportunidade de oferecer produtos e conversar diretamente com seus clientes, em um ambiente propício para networking e negócios.

O gerente de Vendas Maurício Fernandes observa que a empresa apresentará novidades e lançamentos para um público específico e exigente do mundo do som, “que conhece e sabe o que está procurando, queremos mostrar que a Datalink tem os produtos e a qualidade que precisam”. Fernandes convida o público a visitar o stand da empresa, de número 22, na SemanÁudio 2023: “Estaremos com uma equipe qualificada para falar sobre os nossos cabos, prestar informações técnicas e fazer demonstrações da nossa excelência em som.”

Na família de cabos montados, a empresa vai expor as linhas Pop, recomendável para quem está iniciando no mundo da música e sem comprometer a qualidade do som; Garage, para os apaixonados por música, cabos com durabilidade e performance que surpreendem; Revolution, cabos indicados para profissionais que precisam dos melhores timbres e longa durabilidade e com conectores Neutrik. A empresa exporá ainda cabos em rolo para caixas acústicas, microfone, conectores, além de toda sua linha de acessórios.

Arte: Cristina Harms Camacho.

Para os audiófilos, os amantes do som que gostam de alcançar um nível de qualidade da música o mais próximo possível da gravação original usando aparelhos de alta fidelidade, a Datalink “vai apresentar a linha Studio totalmente repaginada e modernizada para atender exatamente a esse público que só se contenta com a perfeição”, informa o gerente Maurício Fernandes, também guitarrista e professor de música. A linha, acrescenta ele, tem embarcada a melhor tecnologia mundial em conectores dourados da Neutrik.

A equipe da empresa que estará na SemanÁudio 2023, ressalta Fernandes, está preparada tecnicamente para falar e demonstrar a alta qualidade dos “cabos de sonorização da Datalink, a empresa, inclusive, está completando 30 anos de mercado neste ano de 2023. Entregar o melhor em cabos de sonorização é o presente da empresa para o público do mundo do som”.

Os cabos de sonorização da Datalink, descreve o guitarrista Maurício Fernandes, garantem a entrega do melhor som, com todos os timbres e frequências. Ele aconselha: “Não adianta ter a melhor guitarra, violão, contrabaixo ou outro instrumento se não fizer uma boa conexão com o cabo. Os cabos de qualidade são a tradução de um bom resultado no evento em que o músico estiver tocando. Por isso, devem ser adquiridos com o mesmo cuidado que se escolhe o instrumento. Um cabo ruim compromete o trabalho do artista ou de quem gosta de som, isso é audível.”

Há mais de sete anos, a SemanÁudio é realizada com o propósito de reunir o melhor em palestras, exposição e workshops em um tipo de evento único no Brasil e na América Latina. “Realmente é uma imersão, como destaca o slogan do evento, em áudio durante três dias. O objetivo valoroso é o de reunir os melhores para disseminar conhecimento e qualificar ainda mais os técnicos do Brasil e do mundo. Nesse sentido, a Datalink não poderia ficar de fora. Temos total confiança no que entregamos para os técnicos, produtores musicais e artistas do mundo da música”, observa o músico Maurício Fernandes, gerente de Vendas da empresa.

O stand da Datalink, conforme programação da SemanÁudio São Paulo 2023, estará aberto das 9h30 às 19h30, nos dias 25 e 26; e das 9h30 às 16h30, no dia 27.

Serviço
O que: Participação da Datalink na SemanÁudio – São Paulo 2023
Quando: 25, 26 e 27 de abril de 2023
Local: Centro de Convenções do Centro Universitário Senac – Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823 – Santo Amaro – SP
Informações para a imprensa: Rosângela Ribeiro Gil
Contatos: (13) 99712-8067 e imprensa@afdatalink.com.br

Sobre a Datalink
A Datalink é uma das principais fabricantes de cabos e conectores de alta qualidade e performance de comunicação e controle para aplicações industriais, agrícolas e smart cities. Empresa brasileira cujo portfólio de produtos atende diversos segmentos econômicos, entre eles: agronegócio, automação industrial e predial, automotivo, energia solar, estética, saúde, sonorização e telecomunicações. A história da Datalink lembra histórias de empresas como Embraer, Embrapa, Petrobrás e Weg, entre outras, que mostra a capacidade industrial e competência da engenharia brasileira. A qualidade, a excelência e a segurança dos seus produtos são a marca da Datalink criada em 1993 e com seu complexo industrial instalado em Embu das Artes (SP). Mais informações em
www.afdatalink.com.br.

Desnaturalizar marcadores de gênero: mais mulheres e meninas na Ciência

Desnaturalizar marcadores de gênero: mais mulheres e meninas na Ciência

* Marcadores de gênero não nascem em árvores, são construções culturais de uma sociedade.

* Este texto é dedicado à pequena Giovana que chegou a este mundo no dia 7 de fevereiro último, exatamente no momento em que finalizava esta matéria.

Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa
imprensa@afdatalink.com.br

Cristina Camacho
Imagens e arte
elisabeth@afdatalink.com.br

Neste 11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data instituída, em 2015, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a Datalink se junta ao esforço de conscientizar o quanto as mulheres e meninas são desqualificadas apenas por questão de gênero e como a sociedade pode, precisa e deve mudar essa realidade de discriminação e desqualificação.

A Unesco publicou, em 2022, o relatório “Uma equação desequilibrada: participação crescente de Mulheres em STEM na ALC (América Latina e Caribe)”, que faz uma extensa análise sobre a desigualdade de gênero na chamada carreiras STEM, sigla em inglês para Science, Technology, Engineering and Mathematics, em português Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Segundo a pesquisa, a equidade de gênero nessas carreiras ainda tem um longo caminho a percorrer. O relatório estima que apenas uma mulher para cada quatro homens, consiga um emprego na área de STEM. As disparidades de gênero na ciência contribuem significativamente com a desigualdade econômica na sociedade.

Professora Elisangela Muncinelli Caldas Barbosa. Crédito: Acervo pessoal.

De acordo com Elisangela Muncinelli Caldas Barbosa, professora de Química para os cursos técnicos e de nível superior em Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Campus Farroupilha, é importante reconhecer e refletir sobre os motivos que levam as mulheres a não escolherem as carreiras STEM e quando optam por esses cursos verificar os motivos que as fazem desistir.

No Censo da Educação Superior (2017), do Brasil, as mulheres representam a maior parte das matrículas e também das concluintes do Ensino Superior. Contudo, os cursos mais procurados pelas mulheres são das áreas de Ciências Humanas e de Saúde, na outra ponta estão os homens, nos cursos da área STEM. “Há nitidamente uma segregação horizontal onde as escolhas das carreiras estão fortemente segmentadas por gênero”, observa Barbosa. Ela acrescenta: “As carreiras em que as mulheres são maioria são aquelas menos valorizadas e que se relacionam com estereótipos de gênero, como cuidados e educação.”

Marcadores de gênero
Para a docente do IFRS, a construção de estereótipos de gênero se inicia desde a primeira infância quando, na família, se institui discursos e ações que ditam o que é adequado para meninos e meninas. “É comum que as meninas recebam bonecas, panelinhas – que remetem a utensílios e ao trabalho domésticos – e maquiagem. E os meninos são presenteados com blocos de montagem, ferramentas de construção e carros eletrônicos, por exemplo”, distingue.

É uma distinção que vai estabelecer que meninos estão propensos às atividades ligadas à tecnologia, raciocínio lógico, força e exploração do espaço físico, e meninas para as atividades que remetem a cuidados, vaidade e trabalho doméstico. “Pesquisas demonstram que essas atitudes são ameaças para o desenvolvimento das meninas e pelo seu interesse nas áreas de STEM”, alerta Barbosa.

Nesse contexto, prossegue ela, as famílias podem oferecer – mas também sabemos que as condições sociais influem nessa questão – atividades científicas informais para suas crianças, como, por exemplo, visitas a museus, leituras e filmes que explorem temáticas científicas e também deem visibilidades às mulheres, além de desconstruir o discurso de que existem brinquedos e atividades pré-definidos de meninos e meninas. Barbosa indica algumas ações que podem auxiliar nessa desconstrução, como o Meninas na Ciência, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Segregação horizontal e vertical
No campo profissional, percebe-se a concentração feminina e masculina em determinados tipos de carreira e faz com que as mulheres tenham menos oportunidades profissionais. Este fenômeno é chamado de segregação horizontal, ou segregação ocupacional. Já o termo segregação vertical descreve o domínio dos homens nos empregos de maior status, este efeito impede as mulheres de atingir níveis de igualdade de hierarquia, qualificação e remuneração.

Mesmo quando as mulheres exercem atividades mais produtivas e qualificadas, elas têm menos reconhecimento e são desencorajadas profissional e intelectualmente. Isso ocorre por causa das fortes expectativas sociais sobre o momento certo para que a mulher constitua uma família, além das decisões biológicas sobre a maternidade.

O fenômeno leaky pipeline
Numa outra perspectiva está o papel da escola. É preciso atentar, desde o Ensino Fundamental, para que a construção do currículo, o uso de metodologias e materiais didáticos e as relações interpessoais no ambiente escolar sejam isentas de qualquer tipo de discriminação. Barbosa observa: “Há que se investir na formação continuada de professores e gestores educacionais para que essas concepções sejam refletidas na sua práxis educativa e impactem positivamente, meninos e meninas, no processo de ensino aprendizagem e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Essa concepção se estende às universidades.”

O conceito de leaky pipeline [tubulação com vazamento, em tradução livre para o português] é uma metáfora utilizada para explicar a sub-representação das mulheres nas áreas de STEM. Barbosa explica: “Nesta proposição, alunos e alunas são levados por essa tubulação do Ensino Médio à Universidade e da Universidade às carreiras STEM. Ocorre que há vazamentos na tubulação por diversos motivos: desde estudantes que mudam de ideia antes de entrar na universidade, outros que mudam de curso durante a graduação e, ainda, aqueles que desistem após terem se graduado nessas áreas. Quando analisamos o grupo dominante (aquele que chega ao final da tubulação), percebemos que ele é composto majoritariamente por homens brancos.”

Uma pesquisa [Women in the Workplace 2020: The State of Women in Corporate America] sobre os cargos ocupados na área corporativa, nas carreiras de STEM, divulgada recentemente pela consultoria McKinsey and Company, mostra que ao se percorrer a tubulação cada vez menos mulheres são encontradas. Esse efeito cumulativo resulta no desequilíbrio de gênero que temos hoje nas áreas de STEM.

A professora Barbosa ressalta que não basta que as mulheres escolham esses cursos, é preciso criar ambientes favoráveis, seja nas escolas, nas universidades ou no mundo corporativo, para que elas permaneçam e sigam nessas carreiras. “É preciso investir em abordagens que estimulem o interesse de meninas nas áreas de STEM e contemplem a diversidade para, a médio prazo, contribuir para interromper o ciclo vicioso estabelecido que acarreta a baixa participação feminina nessas áreas”, defende.

Desnaturalizar o que não é natural
É importante que a sociedade desnaturalize os papéis pré-definidos socialmente para homens e mulheres. A primeira lição é entender que nada está no plano “da natureza” quando se refere a questão de gênero. Ou seja, meninos e meninas não nascem em árvores, são construções culturais de uma sociedade.

Portanto, a atenção deve ser redobrada para perceber quando palavras e discursos carregam discriminações e diferenciações. Muito do que se percebe ou se entende como um elogio ou um cuidado com relação à mulher pode ser fruto de um marcador de gênero. Um bom começo é trocar o elogio e o pretendo cuidado pelo respeito.

Necessário que se evitem infantilizar as mulheres ou suas opiniões no ambiente de trabalho, ou mesmo tentar “traduzir” o que a profissional disse com o famoso “o que ela quis dizer foi…” ou mesmo desconsiderar o que ela apresentou para, na sequência, falar a mesma coisa.

Tornar a presença de uma mulher natural num ambiente profissional é também um desafio, ou seja, fazer notarem o trabalho ao invés de notarem que se trata de uma mulher. Para um homem, entrar e trabalhar é apenas normal, é o que se espera dele. Por isso, se você não diria a seus colegas, numa reunião, “vamos ouvir os meninos agora”, não diga “vamos ouvir as meninas agora”. Se você não diria ao entrar uma pessoa “a visão ficou mais bonita porque o fulano está aqui”, não diga “a visão ficou mais bonita porque a fulana está aqui”.

Esse enfrentamento precisa ser de toda a sociedade e em todas as relações podemos atuar como agentes modificadores deste cenário.

No núcleo familiar devemos eliminar a criação de estereótipos de gênero, excluindo a segregação de atividades adequadas para meninos e meninas. Todos devem ser estimulados a interagir com brinquedos e atividades tecnológicas. Da mesma forma, as atividades concebidas como próprias das mulheres precisam ser vistas como direito e dever de todos. Na escola e nas universidades é imprescindível criar um ambiente favorável para que estas discussões ocorram, naturalizando a participação feminina nessas áreas.

No ambiente corporativo, é preciso romper com a segregação vertical que faz com que as mulheres não atinjam os altos cargos. Uma forma de contribuir para essa mudança é dar visibilidade ao trabalho das mulheres e promovê-las a cargos mais altos, tornando a equipe mais diversa e, consequentemente, diluindo a percepção majoritariamente masculina. Isso não significa travar uma batalha de mulheres versus homens, muito pelo contrário, contribui para uma visão mais criativa, democrática e que impulsionará o desenvolvimento tecnológico e o crescimento de um negócio e de uma empresa.

Mãos à obra para descontruir os preconceitos e construir uma sociedade realmente que respeite as diferenças sem entende-las como fraquezas ou fortalezas.

Janeiro Branco: O mundo pede saúde mental

Janeiro Branco: O mundo pede saúde mental

Este é o lema da campanha Janeiro Branco deste ano de 2023, no Brasil.

Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa
imprensa@afdatalink.com.br

Cristina Camacho
Foto e edição de imagens
elisabeth@afdatalink.com.br

Em 2022, numa iniciativa conjunta inédita, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediram uma ação concreta para lidar com questões de saúde mental na população ativa. Tal fato se baseia na estimativa de que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade que custam à economia global quase um trilhão de dólares, segundos os dois organismos.

Por isso, entre as diretrizes globais da OMS sobre saúde mental no trabalho são recomendadas ações para enfrentar cargas de trabalho pesadas, comportamentos negativos e outros fatores que criam angústia no trabalho. Pela primeira vez, a OMS recomenda até o treinamento de gerente para construir sua capacidade de evitar ambientes de trabalho estressantes e responder aos trabalhadores e às trabalhadoras em perigo. Os dois organismos internacionais produziram o documento Saúde Mental no Trabalho.

Um assunto tão fundamental para as nossas vidas e relações é um dos temas da primeira edição de 2023 da Datalink News. Para tanto, destacamos a campanha Janeiro Branco, pensada por um grupo de psicólogos da cidade mineira de Uberlândia, em 2014, devido ao aumento de casos de suicídio e depressão no Brasil e no mundo. A explicação é da psicóloga Nilva Marcandali, que tem diversas especializações em Saúde Mental. Ela é a entrevistada especial desta nossa edição 14.

A campanha Janeiro Branco, neste ano, traz como lema “O mundo pede saúde mental”, um alerta para se dar maior visibilidade de problemas emocionais a partir da pandemia iniciada em 2020, que provocou um aumento no diagnóstico de doenças psíquicas.

A pauta sobre a saúde mental reafirma o compromisso da Datalink – uma das principais fabricantes de cabos e conectores de alta qualidade e performance do País – de trazer informações de qualidade sobre assuntos importantes para a sociedade. A Saúde Mental é um deles, pois, como destaca Marcandali, a Organização Mundial da Saúde já estimava que a depressão seria a doença com maior epidemiologia no mundo até o ano de 2020, assim, era urgente criar medidas preventivas para a população.

Destaque OMS
Em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade.

Como a especialista explica, a definição do mês de janeiro, o primeiro do ano, carrega toda uma significação e simbolismo do início de um novo ciclo: “É quando as pessoas repensam suas vidas e estabelecem novas metas. Vestem-se de branco no primeiro dia do ano, com pensamentos desejosos de paz e felicidade, além do branco ser a cor da área da saúde.”

Nesse sentido, complementa Nilva Marcandali, a campanha Janeiro Branco “tem como objetivo a conscientização e a quebra de tabus sobre doença mental – chamada de Transtorno Mental, pois é a doença que envolve o funcionamento químico neural – e doença emocional, ligada mais às questões psicológicas que provocam disfunções nos pensamentos, sentimentos e comportamentos”.

Preconceitos e dados

Nilva Marcandali ressalta a importância de acabar com o preconceito sobre saúde mental. Crédito: Acervo pessoal.

Segundo Marcandali, nem a disponibilidade de informações nas mídias sociais conseguiu “derrubar os preconceitos em relação à necessidade de se consultar um/a psicólogo/a ou um/a psiquiatra, quando percebe-se que alguma coisa está errada comigo”. Infelizmente, acrescenta ela, “as pessoas só nos procuram quando já chegaram em seu limite emocional ou já tiveram perdas em algumas das áreas da sua vida: separação conjugal, demissão, crises familiares, entre outras. Assim, o Janeiro Branco é mais uma via de quebrarmos tabus e fornecermos breve orientação sobre a possibilidade de saúde mental e emocional preventiva”.

Ela acrescenta: “Como a OMS havia previsto, a depressão (Transtorno Depressivo Maior) só não foi a doença de maior incidência em 2020, pois tivemos a devastação da Covid-19.” E relaciona: “Já no ano de 2020, o número de suicídios aumentou significativamente em alguns países, como Estados Unidos e Japão; sintomatologias depressivas e ansiosas foram uma crescente na população em geral; e o diagnóstico de transtornos mentais cresceu de maneira preocupante a partir de 2021, segundo ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar [órgão regulador brasileiro].”

Destaque OMS
Estigma, discriminação e violações de direitos humanos contra pessoas com problemas de saúde mental são comuns em comunidades e sistemas de atenção em todos os lugares. Em todos os países, são as pessoas mais pobres e desfavorecidas que correm maior risco de problemas de saúde mental e que também são as menos propensas a receber serviços adequados.

Outro dado importante e alarmante trazido pela psicóloga Nilva Marcandali é que o Brasil é o país de maior incidência em ansiedade das Américas, e o segundo em depressão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados também da Organização Mundial da Saúde. “Todos os profissionais da saúde estão atentos e preocupados com esses dados, já que nossa mente é responsável pelo funcionamento do nosso corpo, e mente doente, corpo doente”, ressalta.

Saúde mental preventiva
A psicóloga e especialista em Saúde Mental observa que “todos trazemos de nossa herança genética uma predisposição a algumas disfunções emocionais ou de personalidade, mas que será o ambiente que crescemos e convivemos que acionará (ou não) essa predisposição, em diferentes níveis de gravidade”.

Situação que “reforça a importância da saúde mental preventiva quando já existem diagnósticos mentais em sua família. Comportamentos depressivos, ansiosos, fóbicos, agressivos, possessivos, obsessivos etc. podem se agravar para um transtorno mental com necessidade de medicação se não tratamos em seu início. Isso ocorre, porque a repetição de um comportamento disfuncional altera a química neural, e vice-versa, promovendo desequilíbrio e déficits”, contextualiza Marcandali.

Segundo ela, o adoecimento mental pode acontecer já no bebê em gestação, caso a mãe esteja com algum desequilíbrio neuroquímico devido a qualquer transtorno mental não identificado e tratado. “Desde a pandemia, dobrou o número de crianças com sintomas de ansiedade e depressão, não só pela perda de muitas atividades sociais, mas porque as crianças estavam confusas e com medo de perder seus entes queridos para a Covid-19”, afirma Marcandali.

Destaque OMS
A doença causada pelo novo coronavírus, segundo dados da OMS, desencadeou um aumento de 25% na ansiedade e depressão geral em todo o mundo, expondo como os governos estavam despreparados para lidar com o impacto na saúde mental e revelando uma escassez global crônica de recursos para lidar com a saúde mental. Em 2020, os governos em todo o mundo gastaram uma média de apenas 2% dos orçamentos de saúde em saúde mental, sendo que os países de renda média baixa investiram menos de 1%.

Ela alerta ainda: “Um dado importante e que não se divulga adequadamente, é que o cérebro continua em processo de formação até por volta dos 22 anos. E se uma criança ou adolescente possui sintomas de algum transtorno emocional e não é tratada adequadamente, ela vai carregar esses sintomas por toda sua vida, até como parte de sua personalidade. Entretanto, se ela buscar tratamento após adulta conseguirá amenizar e até reverter os sintomas, porém, dependendo da gravidade da lesão neuroquímica, pode-se não conseguir uma reversão total dos sintomas.”

Para ela, o ritmo desenfreado da sociedade atual torna mais difícil conseguir o tão necessário equilíbrio de vida. Por isso, a psicóloga propõe aos seus pacientes “que pensem nas diferentes áreas da vida como poupanças: trabalho, pessoal, familiar, social, espiritual”.

Nilva Marcandali ensina: “Nem sempre vamos depositar de forma equilibrada em todas as poupanças, pois em cada fase de nossa vida algumas delas se sobressaem, porém, é preciso toda semana fazer “um depósito” em cada uma delas. Assim, você estará cuidando de sua integralidade, um gesto que pode ajudar na sua saúde mental e física.”

Sobre Nilva Marcandali
Psicóloga graduada pela Universidade Bandeirante de São Paulo, 2012. Tem especializações em: Terapia Comportamental e Cognitiva pelo HU-IPUSP, 2013; Terapia Cognitivo-comportamental Aplicada a Saúde Mental pelo AMBAN-IPq-HC da Faculdade de Medicina da USP, 2015. E fez aprimoramentos em: Transtornos Alimentares pelo PROTAD-IPq-HC-FMUSP, 2017; Prevenção e Posvenção de Suicídio pelo Instituto Vitallere, 2014; Luto e Perdas na Teoria Fenomenológica Existencial, pela Prestar Cuidados e Serviços, 2011-2012; Terapia Dialética para tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline; Terapia Processual; Terapia de Aceitação e Compromisso; Terapia de Ativação Comportamental para Depressão; Tratamento da Codependência Emocional.

Nilva Marcandali faz atendimento presencial e online a adolescentes, adultos e casais. Para quem quer saber mais e entrar em contato com a especialista, o perfil dela no Instagram é @nilvamarcandali.

Datalink e Made in Brazil: parceria musical de sucesso

Datalink e Made in Brazil: parceria musical de sucesso

Para melhorar a parceria, Datalink reposiciona os cabos da linha Revolution Instrumentos, unificando os conectores do produto com tecnologia de ponta.

Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa
imprensa@afdatalink.com.br

Cristina Camacho
Foto e edição de imagens
elisabeth@afdatalink.com.br

O ano de 2023 já começa com bons e novos desafios para a Datalink, fabricante de cabos e conectores de alta qualidade e performance de comunicação e controle para aplicações industriais, agrícolas e smart cities. A empresa brasileira – que completa 30 anos em março próximo – se debruça, nesses primeiros dias do novo ano, a melhorar um dos seus produtos de sonorização, a linha Revolution Instrumentos ideal para o uso profissional em guitarra, baixo, violão, teclado, contrabaixo etc.

O reposicionamento da linha, explica o gerente de Vendas da Datalink Maurício Fernandes, visa garantir ao produto uma performance ainda mais magistral e fidedigna ao som dos instrumentos. Para tanto, diz Fernandes, a fabricação dos cabos Revolution vão utilizar conectores da marca Rean by Neutrik, “que é a número um, no mundo, no fornecimento desse tipo de conector”, observa.

Segundo Maurício Fernandes, que também é músico e professor, a linha Revolution Instrumentos agrega, ainda, uma das tecnologias mais modernas que é a expanso a nitrogênio, pois ela garante a frequência que um cabo sólido não proporciona totalmente. “No Brasil, a Datalink é a única empresa que adota essa tecnologia”, informa o gerente da empresa. Uma tecnologia, acrescenta ele, proveniente da área de telecomunicações que utiliza cabos para longas distâncias para preservar a qualidade da mensagem que pode atravessar milhares de quilômetros. “Isso equivale dizer que estamos falando de uma tecnologia altamente moderna e potente. Os nossos produtos têm essa tecnologia embarcada. O que nos dá muita satisfação e aos clientes mais ainda”, ressalta.

O reposicionamento da linha Revolution Instrumentos prevê, ainda, uma embalagem mais moderna e bonita. Maurício Fernandes informa que a nova configuração do produto estará pronta ainda no primeiro trimestre de 2023. “É o nosso presente para os músicos que fazem do ofício praticamente um ´sacerdócio´ na entrega do melhor para o público. Estamos realmente comprometidos com essa missão”, garante o gerente da Datalink.

Palavra do cliente
Satisfação e missão comprovadas por um dos grandes clientes da linha de sonorização da Datalink, a megastore Made in Brazil, que oferece, há 33 anos, o que há de melhor no mundo dos instrumentos musicais e acessórios. “De fato, só trabalhamos com produtos que ofereçam qualidade e transmitam confiança aos clientes”, atesta Alvaro Moro Neto, gestor da unidade de Moema, na capital paulista. Ele acrescenta que o cuidado da megastore é fornecer os melhores produtos para fidelizar os consumidores com “escolhas que os façam voltar a comprar conosco”.

Alvaro Moro Neto é gestor de unidade da megastore Made in Brazil, na capital paulista. Crédito: Renan Ferrete @renanferrete.

Inicialmente, descreve Moro Neto, “testamos os cabos Datalink em nosso dia a dia de loja. Somos heavy users [na tradução literal para o português usuários pesados que define um grupo de consumidores que fazem uso fiel e massivo de algum serviço ou produto] e os cabos passaram nos testes do som, do conecta-desconecta e no enrola-desenrola intenso que é a rotina de uma grande loja de instrumentos musicais”.

Os cabos da Datalink que não faltam nas unidades da Made in Brazil, e que têm sucesso garantido entre o público da rede, segundo Moro Neto, são os das linhas Garage Line, Revolution e Studio Line. “Eles entregam muito e acho o range [alcance] de preço bem justo”, endossa o gestor da megastore. Ele ainda destaca: “O Studio Line é realmente acima da média, principalmente no timbre. É cristalino, tem punch e consegue conduzir um espectro de frequência mais amplo. Acredito que, pela durabilidade e som impecável, é um investimento. Cabo para bons anos de uso.”

Por dentro dos cabos
Toda essa excelência de entrega dos cabos produzidos no complexo industrial de Embu das Artes, como explica o gerente de Vendas da Datalink, Maurício Fernandes, começa com uma lição: “Não enxergamos o que está dentro de um cabo, mas a qualidade vai depender do que está dentro dele em termos de tecnologia, matéria-prima e do próprio processo de fabricação.” Esse é o compromisso da Datalink, garantir matéria-prima de qualidade dentro dos cabos.

Fernandes explica que os cabos da empresa utilizam a tecnologia a expanso, ou seja, eles têm injetado na ´veia’ uma mistura de nitrogênio e polietileno. “Esse processo aumenta a condutividade acústica de uma ponta a outra. Isso reduz consideravelmente o ´arrasto´, ou seja, a perda de frequências. Para o músico, evitar essa perda é fundamental, pois vai entregar um com ganho harmônico e com todas as frequências”, ensina Maurício Fernandes.

Para Alvaro Moro Neto, gestor de uma das maiores unidades da Made in Brazil, é empolgante ver o brilho nos olhos de todos que participam ativamente desse projeto de nicho musical na Datalink, já consolidada na fabricação de cabos para telecomunicação. A relação das duas empresas, contemporâneas em criação, ambas foram criadas na década de 1990, informa Moro Neto, se consolida, “pois estamos sempre conectados, nos reunimos para falar de produto, de identidade visual e qualidade dos componentes, o que me deixa honrado também de poder participar disso, dar as minhas impressões sobre o produto final e sintetizar um pouco do comportamento e preferências dos nossos clientes”.

História de superação empresarial
A Made in Brazil foi criada em 1990 e numa época em que o preconceito com o produto brasileiro imperava e os importados conquistavam cada vez mais o seu espaço no País. O próprio nome da loja brinca, podemos dizer assim, com esse complexo brasileiro ao se chamar em Made in Brazil, no idioma inglês, mas cuja tradução para o português é ‘feito no Brasil’.

Moro Neto fala um pouco sobre como a empresa chega em 2023 totalmente vigorosa e com uma trajetória de sucesso: “Nessa linha do tempo a Made precisou se moldar diversas vezes, se adaptar às tecnologias, aprender com os grandes players da época e criar sua identidade. Segundo o que a história diz, foi uma luta até para conquistar a confiança dos principais fornecedores e importadores. O Marcelo, nosso diretor, conta ter levado muitas ‘portas na cara’ até conseguir mostrar o valor da Made para o mercado.”

Um caminho difícil, que exigiu perseverança e resiliência de todos os envolvidos, mas que, hoje, colhe bons frutos. “O bonito dessa trajetória é que hoje nos tornamos um dos principais nomes do País no varejo de instrumentos musicais, temos grandes marcas no line-up e algumas exclusivas. Chegamos até aqui com gente apaixonada pelo trabalho, com grandes amigos e parceiros, humanidade e uma visão expandida do nosso negócio. Nunca foi fácil, mas uma estrada com mais curvas é uma escola”, observa Moro Neto.

Maurício Fernandes, gerente de Vendas da Datalink, é também guitarrista. Crédito: Cristina Camacho.

Quem faz e gosta de música sabe o quanto faz a diferença cabos de qualidade para entregar o melhor som. Nessa relação Datalink e Made in Brazil também tem a história de um grande reencontro, diz Moro Neto com grande entusiasmo: “A Datalink me deu a grata surpresa de reencontrar o amigo e baita guitarrista Maurício Fernandes [gerente de Vendas da Datalink] e o grande Mário [Garcia], mestre no desenvolvimento de cabos de áudio e instrumentos musicais. Apostamos na marca e isso tem nos garantido ótimos resultados. Tanto que [a Datalink] se tornou uma das principais marcas de cabos ofertadas pela Made.”

História que inspira: Alvaro Moro Neto
Ele é natural de Santo André, região do ABC Paulista, e tem 35 anos de idade. Filho de pai paranaense e mãe andreense, começou a trabalhar aos 14 de idade na marcenaria do pai. Ainda trabalhou em comércio varejista até se encontrar no mercado de instrumentos musicais, em 2011, pela Reference Music Center. Uma conexão importante na vida de Alvaro por ser músico e apaixonado pelo universo da guitarra. Ele entrou na Made in Brazil, unidade da Teodoro Sampaio, no início de 2015. Como ele mesmo diz, era o início de uma nova trajetória de vida e profissional.

Na Made in Brazil, ele começou como vendedor, passou pela coordenação de loja e foi para a unidade Moema como subgerente. Em janeiro de 2020, assumiu a gestão da unidade, que é nossa maior loja da rede. Tanto em faturamento quanto fisicamente.

A empreitada, como ressalta Alvaro, não foi fácil. De cara, lembra ele, enfrentaram o início da pandemia da Covid-19 e todas as incertezas e crises de ansiedade advindas do cenário de crise sanitária mundial. Mas, como ele faz questão de ressaltar: “Aprendemos processos, sobrevivemos e retomamos as boas expectativas.”

Alvaro está há oito anos na Made in Brazil e continua um grande fã e apaixonado das guitarras e de tudo o que a música representa para a pessoas. A Datalink também, Alvaro, por isso os nossos cabos e conectores de sonorização são feitos com máxima qualidade e segurança.

Educação, inovação e valorização: tripé de sucesso na Datalink

Educação, inovação e valorização: tripé de sucesso na Datalink

Professor da USP ressalta importância de parceria entre mercado e universidade, além do compromisso com o aprendizado constante.

Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa
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Cristina Camacho
Foto e edição de imagens
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Em 24 de janeiro, celebra-se o Dia Internacional da Educação. A data foi criada pela Resolução 73/25, da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018. O objetivo é sensibilizar a sociedade civil para que se cumpra o direito à educação e sublinhar o papel da educação como meio para quebrar ciclos de pobreza e para o desenvolvimento sustentável e social.

É com muita satisfação e entusiasmo que a Datalink – uma das principais fabricantes de cabos e conectores de alta qualidade e performance do País – destaca suas ações em educação e aperfeiçoamento entrevistando o professor Leopoldo Rideki Yoshioka, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). No seu perfil no LinkedIn, o docente assim se apresenta: “Tenho um interesse especial em criar valores por meio da educação. Acredito que todas as pessoas, organizações e países são responsáveis ​​por garantir o bem-estar do mundo para o futuro.”

Nesta entrevista especial ao Datalink News, o professor, que é engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), fala sobre a importância da aproximação entre empresas e universidades e ressalta a ação da Datalink nesse sentido, o Datalink Educa. Uma iniciativa, observa o docente da USP, baseada “na filosofia de aprender sempre e que, sem dúvida, está por traz do sucesso da empresa”.  E completa: “Acredito que a iniciativa da Datalink de estreitar os laços com as universidades trará frutos.”

Foram abordados diversos temas nesta matéria, todos pertinentes e aderentes à trajetória da Datalink desde a sua fundação em 1993. Para garantir uma boa leitura dos grandes ensinamentos do professor Leopoldo Rideki Yoshioka, dividimos as respostas em cinco temas – educação, crescimento, valorização, revolução digital e inovação.

Professor Leopoldo Rideki Yoshioka participa de palestra na Datalink. Crédito: Cristina Camacho.

Educação
O Datalink Educa é um dos pilares da empresa. Como o senhor entende a necessidade dessa aproximação empresa e instituições de ensino?
Pelo que sei, a Datalink vem implementando programas de aperfeiçoamento para os seus funcionários. O “Educa”, baseado na filosofia de aprender sempre, é sem dúvida um programa que está por traz do sucesso da empresa.

É importante notar que o impacto do aprendizado nem sempre é percebido imediatamente em termos de resultados. Mas, no médio e longo prazo, a eficiência e a produtividade da empresa aumentarão de forma inequívoca. A demora se deve à própria natureza humana que é a de reagir às mudanças num primeiro momento. Assim, as transformações devem fazer parte do processo, de forma que os colaboradores possam assimilar novos métodos pouco a pouco.

Acredito que a paciência e a visão de longo prazo têm sido fundamentais para o avanço desse programa. Não tenho dúvidas de que a interação entre a empresa e as universidades é um elemento impulsionador para o desenvolvimento de novas tecnologias e processos.

Universidades como a USP [Universidade de São Paulo], por exemplo, possui o domínio muito amplo de conhecimentos científicos e tecnológicos, em praticamente todas as áreas de ciências exatas, humanas e sociais. A empresa, por sua vez, possui um grande conhecimento sobre os processos produtivos, comercialização e o atendimento das necessidades do mundo real. Ambas as partes possuem lacunas e soluções que poderiam ser compartilhadas. Entretanto, na prática, é muito difícil conciliar as ofertas e demandas entre as empresas e universidades. Acredito que a iniciativa da Datalink de estreitar os laços com as universidades trará frutos, sem dúvida.

O senhor acredita que as universidades brasileiras – públicas e privadas – estão abertas para essa troca de experiências e saberes?
De fato, vejo que a Datalink está fortalecendo cada vez mais o vínculo com universidades brasileiras, inclusive com a Universidade de São Paulo (USP). Embora haja interesses tanto das universidades como das empresas, na prática a interação não acontece com muita frequência, principalmente quando se trata de empresas de menor porte.

Mas, no caso da Datalink, me parece que a postura dos fundadores faz a diferença. Eles tomaram a iniciativa de convidar professores e pesquisadores das universidades para conhecerem a empresa. Faz muita diferença quando a empresa mostra a sua planta moderna, com processos de produção, utilizando máquinas e instrumentação de última geração.

O senhor já esteve no complexo industrial da empresa, em Embu das Artes?
A primeira vez que visitei a fábrica da Datalink foi em 2017. Fiquei bastante impressionado com a infraestrutura, mas especialmente com a filosofia da empresa de que a qualidade não se controla, fabrica-se. De lá para cá tenho visitado a empresa regularmente, e observo que, ano a ano, a empresa vem aumentando a interação com outras universidades e empresas.

É muito positivo a empresa estar sempre aberta às visitações, pois, como dito anteriormente, uma verdadeira inovação não pode ser copiada facilmente, pois ela não está na ferramenta, mas sim na forma como se utiliza essa inovação.

Acredito que a interação entre universidades e empresas existe, mas ainda é incipiente, por isso, exemplos de sucesso como o da Datalink certamente despertarão interesse de outras empresas e universidades.

Crescimento
A Datalink completa 30 anos neste ano de 2023 e foi criada por dois engenheiros contemporâneos seus do ITA. Como o senhor contextualiza essa experiência de sucesso no País?
O Brasil é um país grandioso, seja em termos de extensão territorial, tamanho da população e em termos econômicos. Nos anos 2000, chegamos a ser a sexta maior economia do mundo. Entretanto, após a crise econômica mundial de 2008 estamos trilhando uma trajetória contínua de queda. Segundo estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2019 a indústria brasileira caiu para 16ª posição em termos de participação no cenário global.

As causas da perda de competitividade podem ser atribuídas a diversos fatores, mas o principal é o avanço das concorrentes internacionais, principalmente China, países do sudeste da Ásia e leste europeu. Mesmo diante dessa situação adversa, algumas empresas brasileiras do setor metalúrgico, elétrico e agrícola vêm crescendo com vigor.

É uma conjuntura complexa e difícil para se estabelecer, permanecer e crescer como empresa.
Diante desse cenário, é notável o crescimento da produção e da participação no mercado que a Datalink vem alcançando, em especial nos últimos cinco anos. Os dois sócios-fundadores são meus colegas de turma da faculdade. Eles começaram com um negócio pequeno de montagem de cabos em Santo Amaro, na capital paulista. De lá para cá, passaram por altos e baixos, mas sempre cresceram de forma gradual.

Acredito que o que fez a diferença foi a capacidade de eles atraírem bons funcionários e de desenvolvê-los de forma a contribuírem para agregar cada vez mais valor à empresa.

A produção de cabos industriais e de produtos de áudio de alta fidelidade, que são especialidades da Datalink, exigiu que os conhecimentos-chave fossem adquiridos por eles mesmos, e por meio de interação com os clientes. Trata-se de um processo demorado, que exige resiliência, pois é necessário continuar competindo com concorrentes de todo tipo, e com o cenário adverso do País.

Certamente, não é fácil se sobressair diante dessa situação.

Valorização
Como o compromisso com o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais faz a diferença, professor?
Quando vejo a empresa crescendo em ritmo acelerado e colhendo resultados significativos, percebo a importância do esforço que foi dedicado para aprimorar as pessoas, os produtos e os processos, ao longo de muitos anos, independente de quão difíceis sejam as circunstâncias.

Claro que o fato de os fundadores terem se formado no ITA [Instituto Tecnológico de Aeronáutica], um curso nada fácil, deve ter contribuído. Com certeza. Mas acredito que o fator mais importante é que eles foram capazes de continuar aprendendo muito, seja a respeito de como produzir cabos de qualidade, mas também sobre como administrar uma empresa, cuidar do bem-estar dos funcionários e, principalmente, em como ser reconhecido como um participante (player) pelo mercado.

Sabemos que o espaço privilegiado para desenvolver o saber técnico e outras competências e habilidades é numa instituição de ensino. Mas, na sua visão, o que a Datalink ensina a futuros profissionais e mesmo para o País?
Acho que o caminho trilhado pela Datalink ao longo dos anos traz lições importantes para a indústria e para as instituições de ensino e de pesquisa. Em conversas que tive com os fundadores, o que me chamou a atenção foi a postura com relação ao desenvolvimento dos funcionários dentro da empresa.

Acredito que uma das razões da rotatividade [turnover] ser baixa em relação à média do mercado é o fato de a Datalink proporcionar oportunidade para que os funcionários cresçam profissionalmente. É claro que devido ao porte atual, não é possível atender aos anseios de todos, mas aqueles que persistem e buscam o aprimoramento acabam conseguindo alcançar seus objetivos.

Vale salientar que todas as empresas, de forma geral, querem valorizar os seus colaboradores. Entretanto, não é nada fácil fazer acontecer na prática, pois é necessário que a empresa tenha fôlego e disponibilidade para implementar programas de aperfeiçoamento dentro da empresa (in company).

Revolução digital
Como o senhor posiciona a Datalink, uma empresa que fabrica cabos para telecomunicações e automação etc., num Brasil que tem o desafio de se qualificar para os avanços tecnológicos num mundo social, privado e empresarial cada vez mais dominado por paradigmas das tecnologias da informação e da comunicação (TICs)? Como não ser passado para trás nessa “destruição criativa” [conceito introduzido pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, na primeira metade do século XX] cada vez mais veloz?
Você tocou num tema muito importante. O Brasil é um país muito grande e populoso. Porém, é também um país muito desigual. Os grandes centros são tão avançados e modernos quanto as capitais dos países desenvolvidos, como Nova Iorque, Paris ou Tóquio [respectivamente, cidade dos Estados Unidos e as capitais da França e do Japão]. Enquanto isso, ainda falta distribuir a infraestrutura de saneamento, energia, telecomunicação e de mobilidade para muito dos cinco mil municípios do País.

Recentemente, chegou ao Brasil a tecnologia 5G de telefonia sem fio. Essa nova tecnologia de comunicação, juntamente com outras tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA) e a Robótica, estão desencadeando uma nova revolução chamada “Revolução Digital”.

Diante desse cenário, vejo que a Datalink tem enorme potencial de crescer de forma exponencial, produzindo e fornecendo soluções de conectividade nas áreas de Indústria 4.0, cidades inteligentes [smart cities] e agricultura digital, entre outras.

Acredito que o fator-chave para a Datalink será a criação de uma geração de colaboradores que herde o espírito primordial dos fundadores e desenvolvam novos caminhos para enfrentar os desafios da “era digital” que se aproxima.

Inovação
Em recente entrevista ao Datalink News, o professor José Roberto Cardoso (Poli-USP) observou que, hoje, criação e inovação estão muito associadas a uma startup, mas a inovação pode estar em diversas outras ações.
O professor Cardoso é uma autoridade na área de ensino de engenharia. Ele sempre foi um grande incentivador dos alunos para empreenderem e construírem startups por meio da inovação.

A inovação está muito associada aos startups por conta das incertezas envolvidas na implementação de novas ideias. As empresas tradicionais buscam minimizar os riscos decorrentes da adoção de novas soluções. Entretanto, isso não quer dizer que a inovação seja uma exclusividade das startups. Muito pelo contrário, as empresas estão cada vez mais buscando a inovação como forma de vencer a concorrência e conquistar o mercado.

Como o senhor avalia o papel da inovação na Datalink?
Vejo que a Datalink percebeu a importância da inovação, e vem trabalhando para incorporá-la dentro da cultura da empresa. Recentemente, numa conversa com um dos fundadores, fiquei sabendo de algumas inovações criadas pelos colaboradores. Uma delas é o “tour virtual”, que é uma ferramenta que permite aos representantes e clientes da Datalink conhecerem a fábrica em detalhes, um passo-a-passo de cada uma das etapas de produção dos cabos.

Essa inovação traz um impacto muito positivo nos clientes que muitas vezes estão distantes. Importante observar que é uma inovação difícil de ser copiada, pois o ponto essencial não é a instalação de câmeras em si (algo que qualquer um pode fazer), mas o conteúdo que será mostrado em tempo real e não “a casa arrumada” para os visitantes que podem acessar a qualquer momento.

Outra inovação foi a gravação do nome dos clientes no tubo termo retrátil dos cabos de som. Isso causou um impacto muito positivo nos lojistas, pois eles se sentiram valorizados e mais motivados a oferecer um produto personalizado para os seus clientes.

Enfim, a Datalink está inovando sempre, e muitas vezes são detalhes que passam despercebidos pela maioria das pessoas, mas que fazem uma grande diferença no final das contas.

Em 2023, seguimos compartilhando qualidade, segurança e confiança

Em 2023, seguimos compartilhando qualidade, segurança e confiança

Neste final de ano, a equipe Datalink também faz o seu balanço do que foram esses últimos 12 meses em sua trajetória.

Em 2022, renovamos nossos valores e trilhamos com sabedoria nossa missão de fabricar cabos e conectores para gerar e agregar valor aos nossos clientes. Avançamos em projetos, novos produtos e na consolidação da nossa marca, a qualidade.

Mas esse crescimento “para fora” só é possível quando começa com o crescimento interno, no “chão de fábrica”. A excelência Datalink significa valorização de todos que compõem a equipe da empresa e contribuem, cada um no seu trabalho e função, para que o produto final seja possível.

Somos uma indústria brasileira que nasce comprometida com o desenvolvimento nacional e sabendo que o caminho é cheio de desafios. No nosso “DNA” temos valores e princípios que não abrimos mão: confiança e respeito.

Junto a esses valores combinamos nossa missão e visão de uma indústria que existe para criar e fabricar produtos de alta performance. Um norte que se ergue com pilares fundamentais de investimento, tecnologia e inovação.

Em 2022, renovamos nossos valores e trilhamos com sabedoria nossa missão de fabricar cabos e conectores para gerar e agregar valor aos negócios dos nossos clientes.

A Datalink agradece mais um ano por estar ao seu lado compartilhando qualidade, segurança e confiança.

Para o Ano-Novo, que nos sirvamos da inspiração fraterna à construção e consolidação das boas relações humanas e das bem-sucedidas parcerias com atenção às melhores práticas empresariais e sociais alinhadas à conscientização de ações sustentáveis em defesa do Planeta.

Sigamos conectados!

Equipe Datalink