Engenheiro de telecomunicações fala sobre a inserção da empresa no setor, na década de 1990.

 

Embu das Artes (SP), 17 de maio de 2023 – O Dia Mundial das Telecomunicações, comemorado neste 17 de maio, é uma data importante para a Datalink. A empresa nasceu no início da década de 1990, ou seja, no período em que o Brasil dava passos significativos nas telecomunicações via satélite. Comemorada pela primeira vez em 1969, a data faz referência ao dia de fundação da União Internacional de Telecomunicações (UIT), ocorrido em 1865. Em 2005, a Organização das Nações Unidas declarou o 17 de maio também como o Dia Mundial da Sociedade da Informação e, em 2006, ambas as celebrações foram unificadas.

A procura por um adaptador de cabos coaxiais de RF (radiofrequência) com baixa perda e alta qualidade fez os caminhos do engenheiro de telecomunicações Ademar Kin e dos engenheiros fundadores da Datalink se cruzarem há 30 anos exatamente. “Os cabos eram para uma empresa pioneira no segmento de comunicação via satélite, cujos donos eram o Banco Bradesco e a Rede Globo”, lembra Kin. “Podemos dizer que a primeira fase de telecomunicações via satélite começou com a Vicom e o auxílio da Datalink”, acrescenta.

Kin, hoje, é engenheiro de projeto e vendas da Mareste Equipamentos e Serviços de Telecomunicações, provedora de acesso à internet via satélite para o mercado marítimo. “Provemos o link de comunicação via satélite por meio de antenas estabilizadas e robotizadas que ficam em cima dos navios. Elas rastreiam o satélite automaticamente, independente da movimentação do navio. Essas antenas mantêm o “trackeamento” do satélite”, explica.

Para Ademar Kin, o que faz a Datalink se manter firme e em crescimento é a qualidade dos cabos. “Esse realmente é o diferencial da empresa. Quem precisa de cabos de alta performance e durabilidade tem apenas um endereço de encomenda, a Datalink”, elogia.

Confira, a seguir, a entrevista.

Como acontece o início da sua relação com a Datalink, que tem o mesmo tempo vida da empresa?
Em 1993, quando da fundação da empresa, trabalhava numa outra empresa de telecomunicação via satélite que se chamava Vicom – pioneira no segmento de comunicação via satélite, utilizando o sistema chamado VSAT. Os donos da empresa Vicom eram o Banco Bradesco e a Rede Globo, duas maiores empresas do Brasil à época e as maiores consumidoras de links satelitais. Elas decidiram criar uma empresa própria para fazer a gestão.

Na implementação do primeiro sistema da VSAT, tivemos um problema técnico que não foi solucionado pela empresa provedora da tecnologia nos Estados Unidos. Tivemos de procurar nas empresas locais. Era um adaptador de cabos de RF com baixa perda e alta qualidade, denominado cabo jumper. Dentre essas empresas, inclusive multinacionais instaladas no Brasil, encontramos a Datalink.

A empresa atendeu ao nosso desafio de nos fornecer um cabo jumper de alta performance com baixa perda e baixo retorno. Foi a única empresa aprovada e começamos a fazer compras em larga escala e grande volume. Podemos dizer que a primeira fase de telecomunicações via satélite, no Brasil, começou pela Vicom com o auxílio da Datalink. Foi a única empresa aprovada no quesito qualidade em relação a esse tipo de cabo.

O senhor acompanhou a evolução da Datalink também. Pode nos falar dela?
Sim, acompanhei praticamente todos os estágios de evolução da empresa. E começa quando eles forneciam cabos de RF nacionalizados do tipo CellFlex, de baixíssimas perdas destinados para links de microondas. Nessa fase, eles faziam a importação de cabos.

Depois, foi o início da fase industrial, quando começaram a comprar equipamentos sofisticados e modernos, como as extrusoras para a fabricação dos próprios cabos primando pela qualidade de alto nível.

Como o senhor vê a Datalink, com uma trajetória empresarial consolidada de 30 anos, daqui para frente?
Acredito que a empresa esteja realmente conectada ao futuro não só do Brasil, mas mundial, quando temos um mundo cada vez mais impactado pelas tecnologias de informação e comunicação [TICs].

Por isso, faço uma observação de que o futuro das telecomunicações via satélite está num momento de muitas e profundas mudanças, quando vemos Elon Musk [CEO da Tesla] trazendo uma constelação de satélites. Ou seja, ele promete revolucionar o que temos até agora, portanto, precisamos observar essas inovações e saber como nos unir a essa nova perspectiva.

Se a Datalink conseguir uma aproximação com a tecnologia que ele [Musk] está desenvolvendo, pode ser um caminho. Sei que a Datalink é flexível, aberta para o mercado na área de confecção de cabos em geral.

Então, acredito que a empresa já está pensando numa estratégia de mercado para estar inserida nessas mudanças tecnológicas digitais. E, com a qualidade como principal valor, vão continuar crescendo mesmo com a mudança da tecnologia que está acontecendo neste momento.