Produtora de cabos coaxiais e conectores, além de projetos especiais, está há 30 anos no mercado
Embu das Artes, 26 de setembro de 2023 – A Datalink – fabricante brasileira de cabos, conectores e sistemas, há 30 anos no mercado, localizada em Embu das Artes (SP) – acaba de lançar seu novo vídeo institucional realizado pela produtora audiovisual Time Riding, da capital paulista, numa concepção diferente que traz muito dinamismo para mostrar como uma empresa de cabos pode ser organizada e bonita.
O vídeo possui apenas dois minutos, mas consegue transmitir a mensagem da marca, a qualidade, por meio de uma filmagem dinâmica e objetiva. “Optamos realmente por um modelo alternativo sem narração formal e sem apresentar uma história linear com muitos dados e informações. O objetivo realmente era um vídeo fácil e empático”, explica Cristina Harms Camacho, coordenadora de Marketing da Datalink.
O publicitário Dan Reis, diretor e fundador da Time Riding, que está há 17 anos no mercado, observa que o novo vídeo da Datalink nasce com essa concepção de não contar a história da empresa nem os produtos finais que ela produz. “Ele [o vídeo] foi todo baseado em mostrar a grandiosidade de sua linha de produção e a qualidade de sua fabricação em geral. Então foi bem fácil para nós utilizar apenas as imagens reais de um espaço limpo, moderno e com funcionários que literalmente vestem a camisa”, explica o especialista.
Para esse formato, Reis sugeriu utilizar imagens “feitas em um voo com drone FPV [First-person view], que por ser pequeno e ágil, pode passar por espaços estreitos, proporcionando ângulos surpreendentes”. Mas como ele mesmo faz questão de ressaltar, um trabalho que só poderia ser possível com “um piloto experiente e habilidoso”. É aí, como ele mesmo diz, “que entra o Heitor [Teles] na história”.
De hobby à profissão
Heitor Teles, engenheiro de produção formado pelo Instituto Federal de São Paulo, participa de corridas de drones, as Drone Racing, desde 2016, quando ganhou a volta mais rápida em torneio realizado na Califórnia (EUA). Desde então, Teles já participou de corridas no México, quando ficou em terceiro lugar no torneio latino-americano, em 2017, e alcançou outras conquistas em campeonatos na Turquia, Coreia do Sul, Brasil entre outros países.
Teles diz que a pilotagem de veículos aéreos não tripulados entrou em sua vida como hobby, por volta do ano de 2015. “Comecei montando o meu drone. Logo de cara comecei a pilotar num estilo diferente, que se chama FPV. Então, montei meu drone do jeito mais rústico possível, economizando nas peças, até porque tinha acabado de deixar meu primeiro emprego na minha área de formação, que é engenharia”, lembra.
First-person view
O estilo de pilotagem FPV é quando se coloca uma câmera dentro da pequena aeronave e utiliza-se óculos que acompanham a filmagem ao vivo da câmera colocada no drone. Isso permite que o piloto veja o que o quadricóptero está vendo e também torna mais fácil evitar obstáculos do que a linha de visão permite.
A pilotagem de drones virou sua profissão entre os anos de 2018 e 2019, atendendo ao mercado audiovisual – publicidade, longas-metragens e séries. Heitor Teles faz questão de destacar que “somos pioneiros em voar câmeras grandes aqui no Brasil, da GoPro, câmera principal do FPV, até às câmeras de cinema Red Komodo ou Blackmage 4k e 6k”. A utilização de equipamentos mais sofisticados, fez com que Teles participasse de grandes projetos, como a série “DNA do Crime”, original da Netflix que vai ser lançada ainda este ano e a quarta temporada da série “Arcanjo Renegado”, original do Globoplay, entre outros.
Take único
Segundo Teles, o grande diferencial do trabalho com a Datalink foi fazer a filmagem num só take. “Todos os processos que o drone passou no tour que fizemos na empresa, desde o momento em que estamos lá em cima filmando os acessos à empresa, pelo Rodoanel [Governador Mário Covas] e pela [rodovia] Régis [Bittencourt], inserções das etapas da fabricação, o galpão de carga e descarga e finalizando do alto mostrando a fachada da empresa”, explana. Dan Reis reforça: “Trabalhamos com um vídeo inteiro gravado em plano-sequência, ou seja, sem cortes.”
Take
Quer dizer “tomada”, ou seja, tudo que é registrado pela câmera desde o momento em que ela é ligada (Rec) até o momento em que ela é desligada (Stop ou pause).
O diretor da Time Riding diz que após assistirem à primeira versão do vídeo, “a equipe da Datalink gostou tanto que decidiu incrementar o material, inserindo detalhes de sua produção, e transformando o vídeo em um novo vídeo institucional, de fato, misturando a experiência FPV com detalhes que mostram a qualidade de sua produção. Todo processo foi feito de forma bastante colaborativa entre a área de comunicação da empresa, os diretores e nós da produtora”, descreve.
O piloto profissional Heitor Teles reforça que antes das filmagens, ele e a equipe da Time Riding fizeram uma espécie de “reconhecimento” da fábrica. “Andamos em todas as áreas, conversamos com as pessoas”, informa.
De acordo com Dan Reis, o desafio maior na parte final da produção do vídeo, ou seja, na edição, foi garantir “a sincronização da velocidade do voo do drone com a música, para criar momentos de mais impacto, fazendo o vídeo ser dinâmico, e assim passar a impressão de que ele é mais curto do que parece”.
Já o desafio nas filmagens do drone, segundo o piloto profissional Heitor Teles, gravando-se num take apenas, foi não repetir caminhos, girar a câmera o menos possível para não desorientar quem está assistindo ao vídeo e ter uma lógica sequencial do processo produtivo. “Fizemos isso passando pelos escritórios, na parte administrativa, saímos por uma janela para mostrar a fábrica, passando por todo o maquinário e saímos de novo para finalizar com a fachada da empresa”, pontua.
Contar história real
O resultado, comemora a coordenadora de Marketing da Datalink, Cristina Harms Camacho, foi incrível: “Queríamos realmente criar essa sensação de que uma empresa que fabrica cabos coaxiais para diversas finalidades – da automação industrial à sonorização –, que mexe com diversos tipos de metal, como o cobre, que vem em bobinas grandes, pode ser bonita, organizada e limpa.”
Para o diretor da Time Riding, é preferível contar histórias reais do que inventá-las. Ele elogia: “No caso da Datalink, a matéria prima deles é uma fábrica limpa, moderna, iluminada e com funcionários bastante colaborativos. Tudo isso facilitou nosso trabalho.”
É o segundo vídeo que a Datalink faz com a Time Riding. O primeiro, lembra Camacho, foi em 2021 e já deu muito certo. “Como de lá para cá, a empresa adquiriu novos equipamentos, modernizou ainda mais a produção, ganhou em produtividade e conquistou novos clientes, nada mais justo do que mostrarmos toda essa evolução. Mas, desta vez, queríamos mostrar de forma diferente. Ou seja, sem mostrar tantos os detalhes, mas causar impacto mostrando a grandiosidade, organização e beleza de uma fábrica que produz cabos de excelência e qualidade para todo o Brasil e para projetos internacionais”, diz Camacho.