Com aplicação cada vez mais ampla, cabos de telecom podem estar num carro, no agronegócio, na ciência, em todos os sistemas de comunicação e transmissão de dados.

Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa
imprensa@afdatalink.com.br

Cristina Camacho
Arte e edição de imagens
elisabeth@afdatalink.com.br

Em ritmo de sistemas cada vez mais automatizados – como a indústria 4.0 –  e de inovações tecnológicas sofisticadas, como as digitais, há a necessidade do tráfego intenso da comunicação e da conexão dentro das fábricas, no campo, no setor de serviços, na educação, na ciência, nos meios televisivos e telefônicos etc. Um sistema comunicativo e conectado existe a partir dos cabos de telecomunicações (telecom). O que se espera dessas redes conectadas é a obtenção de alta velocidade na transmissão de dados, por isso, a necessidade de cabos de excelência e qualidade para entregar o melhor resultado.

Os cabos de telecomunicações são tão importantes que, para serem produzidos e comercializados, é obrigatória a homologação de produtos pelo órgão regulador, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O procedimento de homologação envolve múltiplos passos e inclui testes laboratoriais para assegurar a funcionalidade, resistência e segurança para uso por humanos.

Eles podem ser metálicos ou de fibra óptica. A Datalink produz os metálicos, que são feitos por um material condutor e normalmente produzido por cobre, que conduz as ondas eletromagnéticas. Sendo assim, ele pode ser dobrado ou torcido sem danificar o material.

Para explicar todo o processo da fabricação à comercialização dos cabos telecom, entrevistamos o engenheiro Edson Borges, gerente de Tecnologia e Inovação da Datalink. 

Engenheiro Edson, a Datalink começou, em 1993, produzindo cabos especificamente para a área de telecomunicações. Já são quase 30 anos de excelência nessa fabricação. O senhor poderia nos falar sobre a concepção dos cabos Telecom da Datalink desde o projeto, fabricação, comercialização e entrega do produto?
Edson Borges –
A Datalink começou especificamente produzindo chicotes e cabos conectorizados para as ERB’s (estações rádio-base) do sistema de telefonia celular e para centrais telefônicas. Na maioria das vezes, os cabos projetados para telecomunicação são os cabos coaxiais. Definimos como coaxial porque são dois condutores: a blindagem, que é o condutor externo, e a ponta, que é o condutor interno. Por estarem no mesmo eixo vem a denominação de cabo coaxial. Esses cabos são constituídos de uma parte metálica que são os condutores e a parte plástica que são a capa e o dielétrico.

A Datalink começou especificamente produzindo chicotes e cabos conectorizados para as ERB’s (estações rádio-base) do sistema de telefonia celular e para centrais telefônicas. Na maioria das vezes, os cabos projetados para telecomunicação são os cabos coaxiais. Definimos como coaxial porque são dois condutores: a blindagem, que é o condutor externo, e a ponta, que é o condutor interno. Por estarem no mesmo eixo vem a denominação de cabo coaxial. Esses cabos são constituídos de uma parte metálica que são os condutores e a parte plástica que são a capa e o dielétrico.

Como podemos entender e definir um cabo Telecom da Datalink?
Edson Borges –
Primeiro de tudo, precisamos saber que esses cabos para o uso em sistema de rádio, televisão e telecomunicações devem ter a homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o órgão regulador do País, para serem fabricados e comercializados.

Os cabos de Telecom possuem algumas características diferentes para cada aplicação. Por exemplo, a impedância é uma grandeza que define o tipo de trabalho, como 50 Ohms para sistema de telecomunicações; e 75 Ohms para sistema de CAT, TV e Rádio.

O que é Ohm
É a unidade de medida de resistência elétrica que representa a relação entre a tensão (medida em volts) e a corrente elétrica (medida em amperes) de um elemento. Tal unidade está padronizada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI).

Quais os tipos de cabos de telecomunicações produzidos pela Datalink? E como tem sido a aceitação do mercado?Edson Borges – Produzimos cabos para sistema de telecomunicações de diversos tamanhos, mas o que diferencia cada um é a sua frequência de trabalho.

Por exemplo, produzimos cabos para sistemas de satélite que trabalha com frequências acima de 6GHz ou cabos para rádio, GPS, broadcasting cuja faixa de trabalho é abaixo de 3GHz. Existem aqueles cabos especiais que trabalham com frequências bem baixas, como, por exemplo, os cabos desenvolvidos para o projeto Sirius. Frequências de 900MHz a 10MHz também são cabos de telecomunicações.

Os cabos de telecomunicações da Datalink cobrem uma vasta gama de aplicações. O senhor poderia falar sobre essas aplicações e os produtos correspondentes?
Edson Borges –
Podemos dizer que estamos em diversos seguimentos com nossos cabos de Telecom. Por exemplo, no setor automotivo, o mesmo cabo que você usa para central de celular é também usado para ligar o sistema multimídia dos carros para a antena. Podemos dizer que, hoje, graças à tecnologia dos cabos coaxiais, o carro foi transformado em um modem de celular de quatro rodas.

No agronegócio, esses mesmos cabos de Telecom são aplicados para ligar as antenas de RF [radiofrequência] para o sistema de geolocalização de drones ou máquinas agrícolas autônomas.

Os cabos de Telecom também são empregados em sistema de CFTV [circuito fechado de televisão], broadcasting e rádio base [ou ERBs, são equipamentos que fazem a conexão entre os telefones celulares e a companhia telefônica, ou mais precisamente a Central de Comutação e Controle].

Como são todos 75 Ohms, ou seja, a mesma impedância, o mesmo cabo pode ser usado para outros setores. E ainda tem aplicações, como em aparelhos de ressonância magnética, sistema naval de comunicação, automação cirúrgica.

A Datalink, enquanto empresa especialista em cabos de telecomunicações, desenvolveu um processo de fabricação e de filosofia amparado fortemente na qualidade. Com a visão e a missão de boas práticas e de fabricação de soluções que garantam a sustentabilidade do negócio, a empresa fornece soluções que vão desde a especificação técnica e desenvolvimento de cabos, ao pronto fornecimento de cabos e acessórios, além do serviço de logística de entrega.
Edson Borges –
Exatamente. E isso orgulha toda a equipe da empresa. A Datalink tem quatro pilares que firmam sua personalidade como empresa. São eles: a empresa vendedora, onde todos nós somos vendedores da marca, não importa a função ou posição; a inovação, que é a busca pela melhoria contínua dos processos e produtos, onde toda a equipe busca ideias para sermos melhores do que fomos ontem e amanhã sermos melhores do que hoje; a Datalink Educa, pois acreditamos que a educação é a matéria-prima para que os outros pilares funcionem e a diretoria investe fortemente na educação dos nossos colaboradores e parceiros; e a qualidade, temos, no nosso complexo industrial, uma grande placa com a frase “Qualidade que se Fabrica”, posso afirmar que a nossa viga central.

Resumindo todos nós, da Datalink, fabricamos qualidade em todos os nossos processos, produção, venda, pós-venda e todo o relacionamento com as partes interessadas. Todos esses pilares garantem o que nossos clientes falam por meio de depoimentos e nossos indicadores. Conseguimos garantir todos os compromissos que firmamos. 

Engenheiro, em síntese, o que a Datalink entrega para os seus clientes em termos de cabos de telecomunicações
Edson Borges –
Digo que não entregamos cabo, a Datalink fabrica soluções em conexões de telecomunicações. Nosso know-how é transformar a necessidade dos nossos clientes em um produto com o melhor custo-benefício e valor agregado. Um dos nossos cases de sucesso é o projeto Sirius [a maior e mais complexa infraestrutura científica do Brasil]. Nesse projeto, desenvolvemos os cabos que geram o sinal de RF para o acelerador de partícula.