Há 30 anos no mercado, empresa iniciou com cabos de telecom e expandiu produção para outros setores.
Embu das Artes, 6 de dezembro de 2022 – Os profissionais de engenharia com registro ativo somam, segundo estatísticas do Sistema Confea-Creas, 1.073.317 em todo o Brasil [o número se refere à pesquisa realizada no Sistema, em 5/12/22]. A profissão é regulamentada por lei federal (5.194) e está associada ao desenvolvimento de uma sociedade. Já em seu Art. 1º, a legislação estabelece: “As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano..”.
Portanto, com o objetivo comum baseado em princípios e valores éticos profissionais, a prática da engenharia se conecta ao cuidado em defesa do bem-estar da sociedade e do desenvolvimento sustentável do País.
Com esse propósito, engenheiros e engenheiras desenvolvem suas atividades nas mais diversas áreas – da cidade ao campo, da fábrica aos espaços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) – entregando obras de infraestrutura, ciência e soluções as mais diversas para o crescimento de uma economia.
Por isso, neste 11 de dezembro, Dia do Engenheiro, é inspiradora a criação da empresa Datalink, em 1993, que lembra histórias como as da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Petrobrás, entre outras. Todas mostram a capacidade industrial e competência dos engenheiros brasileiros à frente de grandes projetos.
Os fundadores da Datalink – empresa de cabos e conectores há 30 anos no mercado – são engenheiros egressos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), dos cursos de Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica e de Engenharia Eletrônica.
Os dois profissionais, no início da década de 1990, num Brasil imerso em instabilidade econômica, arregaçaram as mangas, perceberam a oportunidade que se avizinhava e criaram a Datalink, empresa inicialmente fornecedora de cabos coaxiais montados para equipamentos de VSAT, sistema de comunicação muito usado na época para interligar agências bancárias aos centros de processamento de dados dos bancos.
Era o começo de uma grande empresa formada por e com talentos nacionais que deu certo. Hoje, ela tem um complexo industrial sediado na cidade paulista de Embu das Artes e está sempre em busca de novos mercados.
Brasil desafiador A ideia da Datalink surgiu do espírito empreendedor dos engenheiros que decidiram, no início da década de 1990, deixar carreiras promissoras em grandes empresas e se dedicar ao projeto de uma empresa para desenvolver uma linha de produtos que havia carência no Brasil. À época, iniciava-se a instalação dos sistemas de telefonia celular no País. Em pouco tempo tinha-se um protótipo do que se tornaria a Datalink.
O Brasil da época também era desafiador, inflação alta, total imprevisibilidade, baixa atratividade para investimentos não financeiros, mas sempre achamos que com ideias inovadoras e foco no cliente poderíamos ser bem-sucedidos.
A engenharia estava numa fase de transição entre um período de reserva de mercado para um regime de abertura do País para importação e aumento dos investimentos estrangeiros.
Empresa de inovação A Datalink começou como uma empresa de desenvolvimento e produção de conectores e montagem de cabos para a indústria de telecomunicações. Em 2003, os sócios-diretores da Datalink decidiram ampliar o escopo e investir na fabricação de cabos que antes compravam no mercado nacional e no exterior, mas continuou-se com foco no mercado de telecomunicações.
A empresa sediada em Embu das Artes se caracteriza por ter como missão desenvolver produtos e soluções para o cliente, nas áreas de engenharia, desenvolvimento e inovação. Isto permitiu a Datalink crescer em novas áreas que necessitem de produtos de conectividade e cabos.
Como uma empresa criada por engenheiros, a Datalink se esmera na qualificação de sua equipe, com um programa regular de treinamento muito bem elaborado que capacita os profissionais para a excelência na execução de todas as atividades.
Agilidade e atualização Os engenheiros fundadores da Datalink acreditam que um dos méritos para chegar aos 30 anos de empresa, com crescimento constante, foi a agilidade para se adaptar às mudanças. Isso está demonstrando na diversificação da linha de produtos e mercados, tentando minimizar as flutuações e dar estabilidade à empresa.
A estratégia de trabalhar com produtos tecnológicos e de alta qualidade obrigou a Datalink a investir em equipamentos modernos e em treinamento intensivo da equipe, garantindo liderança num mercado muito exigente.
Sobre a Datalink A Datalink é uma das principais fabricantes de cabos e conectores de alta qualidade e performance de comunicação e controle para aplicações industriais, agrícolas e smart cities. Empresa brasileira cujo portfólio de produtos atende diversos segmentos econômicos, entre eles: agronegócio, automação industrial e predial, automotivo, energia solar, estética, saúde, sonorização e telecomunicações. A história da Datalink lembra histórias de empresas como Embraer, Embrapa, Petrobrás e Weg, entre outras, que mostra a capacidade industrial e competência da engenharia brasileira. A qualidade, a excelência e a segurança dos seus produtos são a marca da Datalink criada em 1993 e com seu complexo industrial instalado em Embu das Artes (SP). Mais informações em www.afdatalink.com.br.
Informações para a imprensa
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Para José Roberto Cardoso, a empresa, há quase 30 anos, consegue reunir qualidade, ética e tecnologia.
Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa imprensa@
Cristina Camacho
Arte e edição de imagens elisabeth@
Apaixonado pelo ofício do magistério e pela engenharia brasileira, José Roberto Cardoso recebeu os títulos de engenheiro eletricista, mestre, doutor e livre-docente em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) em 1974, 1979, 1986 e 1993 respectivamente, e no período de 1986-1987 realizou pós-doutorado no Laboratoire d´Electrotechnique de Grenoble, na França. Desde 1999 é professor titular do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Poli. Na graduação ministra cursos de Eletromagnetismo e Conversão Eletromecânica de Energia, escreveu três livros, um deles em língua inglesa, e é membro atuante de organizações internacionais que se dedicam à Educação em Engenharia.
O professor Cardoso é grande entusiasta das iniciativas na área da engenharia no País, mas não abre mão de um exercício profissional amparado totalmente na ética e na ação responsável. Para ele, a engenharia é fundamental para os tempos atuais, assombrados pelas emergências climáticas, para conceber processos, produtos e práticas ambientalmente sustentáveis.
Com a simplicidade e serenidade que lhes são características, o docente falou com a reportagem da Datalink News sobre as iniciativas de profissionais de engenharia que dão certo, como a própria Datalink, as principais transformações no ensino da engenharia e indica, ainda, as novas e importantes competências para os engenheiros, como a comunicação, trabalho em equipe e a vontade de sempre aprender.
O professor Cardoso traz a sabedoria que não precisa do tom autoritário, suas palavras sempre são ditas em tom quase silencioso e amigável, jeito daqueles que gostam do diálogo democrático.
O exercício da profissão sempre foi muito elástico – desde os profissionais empregados aos que trilham o caminho do empreendedorismo. A Datalink, inclusive, nasce do senso de oportunidade e empreendedorismo de dois engenheiros egressos do ITA, no início dos anos 1990, quando o Brasil passava por ajustes econômicos. Como o senhor vê o universo de atuação dos/as engenheiros?
José Roberto Cardoso – A experiência dos empreendedores que criaram a Datalink é conhecimento privilegiado, que precisa ser difundido entre nossos estudantes. Ao ver a empresa agora, responsável pelo desenvolvimento de produtos de alta tecnologia no setor de transmissão de dados, não imaginamos os desafios que seus responsáveis enfrentaram para atingir este estágio de desenvolvimento tecnológico.
São posturas como esta que precisam ser difundidas entre nossos estudantes. A época em que o emprego aparecia nas páginas dos jornais acabou, no entanto, as oportunidades de criação passam na frente dos olhos de nossos estudantes a todo o instante. Resta a eles “enxergá-las”, como fizeram os estudantes do ITA em 1990 ao criarem a Datalink.
Pensa-se que criar corresponde a abrir uma startup, no entanto, isso não é verdade. Nossos estudantes devem ser criativos e inovadores nas próprias empresas em que trabalham, bastando para isso ter um raciocínio crítico adequado, aliado a uma inteligência emocional bem desenvolvida.
Eles precisam saber que a IBM mudou completamente seu ramo de atividade, devido a insistência de apenas um de seus funcionários, cujo nome já não me lembro, caso contrário estaria no rol das grandes empresas do passado que desapareceram sem deixar vestígios no mundo corporativo.
Nos tempos atuais, qual a melhor definição de engenharia? José Roberto Cardoso – O engenheiro(a) é aquele profissional que concebe, projeta (e enquanto projeta inova), implementa e opera sistemas ou produtos com a visão no futuro do planeta. Suas ações em nossos dias devem estar relacionadas ao atendimento das metas dos objetivos do desenvolvimento sustentável [ODS, da Organização das Nações Unidas], e em disponibilizar às gerações futuras aquilo que nos é disponibilizado em nossos dias.
Diante desse dilema da sustentabilidade, do desenvolvimento que não mais agrida e mate os recursos naturais, o mundo pode viver sem a engenharia?
José Roberto Cardoso – Os engenheiros mudam o mundo a cada dia, e nunca estão satisfeitos. Qualquer ação humana de uma forma ou de outra impacta o meio ambiente, aqui visto como algo bem geral, que inclui a humanidade.
Para que essas mudanças não causem danos irreversíveis, a engenharia é, em nossos dias, a profissão mais exigida na mitigação de danos causados pela ação humana, de modo que não há como pensar em um mundo sem engenharia em nossos dias.
Como a profissão, ao longo da história da civilização humana, vem se adaptando às exigências de cada tempo histórico?
José Roberto Cardoso – A engenharia vive da reflexão sobre os erros do passado. Até meados do século XX, os engenheiros não se preocupavam com as origens dos insumos utilizados em suas realizações. Imaginava-se que os recursos, de toda ordem, eram infinitos, de modo que pensavam no produto apenas durante o espaço de tempo em que estavam projetando-o. Não havia preocupação mínima com o que aconteceria com ele após ser vendido, e muito menos pensava-se no que ocorreu com os materiais utilizados na sua manufatura.
Hoje em dia é diferente. O engenheiro tem consciência de que um produto é concebido utilizando-se de materiais oriundos de uma mina, ou de um poço de petróleo ou de uma floresta, de modo que o impacto na sustentabilidade é evidente.
Cabe ao engenheiro concebê-lo de modo a minimizar ao extremo este impacto, seja utilizando materiais reciclados ou oriundos de minas em que o trabalho escravo não esteja presente, de madeiras de reflorestamento certificadas e com o mínimo de combustível fóssil; sem esquecer de prever que um dia este produto será “aposentado” ou ressuscitado sem agredir o meio ambiente.
Outra questão que nos incomoda como engenheiros, é que o avanço tecnológico é sempre dirigido em aumentar o foço existente entre a elite dominante e os vulneráveis. Nossos profissionais precisam conceber produtos e sistemas para reduzir esta distância que a cada dia aumenta mais.
Quais as principais transformações no ensino da engenharia que o senhor observou nesse tempo de docência? José Roberto Cardoso – A principal transformação que observamos nestes últimos 25 anos foi a mudança no relacionamento professor/aluno. No passado, o professor era um monarca, sua palavra era absoluta e sua intelectualidade a única fonte de conhecimento. A tecnologia, associada à evolução das relações humanas, com o reconhecimento da diversidade sexual, e a rejeição ao racismo levou nossos alunos a assumir a posição de protagonistas na aquisição do conhecimento.
O raciocínio crítico evoluído, que leva o ser humano a questionar aquilo que não entendeu sem medo, levou ao compartilhamento de responsabilidades na aquisição do conhecimento. Para tal, o estudante de engenharia precisou adquirir competências que no passado não eram exigidas do profissional. Hoje, é comum ver um engenheiro bom comunicador, literato, com conhecimentos diversos associados ao contexto da prática da engenharia e, sobretudo, consciente de sua responsabilidade para com nosso planeta.
Há muito ainda a fazer, pois existe um conflito de gerações em andamento, no entanto, isso é coisa que o tempo, como juiz implacável, resolverá.
Como a engenharia segue num mundo em que é necessário conciliar negócios, sustentabilidade e bem-estar social?
José Roberto Cardoso – Esta é a nova consciência que precisa ser desenvolvida nos estudantes de engenharia. Nos negócios, a ética incondicional, sem abertura alguma à sua violação; na sustentabilidade, a consciência ambiental de que este mundo é único e não há como não o tratar bem; no bem-estar social, a governança profissional das empresas que garanta a boa gestão dos dois primeiros quesitos com a visão de que o ser humano é o maior patrimônio de qualquer empreendimento, garantirá, a meu ver, uma engenharia de qualidade e responsável.
Por fim, o que o senhor falaria aos engenheiros já formados e aos que virão?
José Roberto Cardoso – Estamos no século em que as regras foram feitas para serem quebradas. São muitos os exemplos que temos para listar. No entanto, para quebrá-las os engenheiros precisam assumir responsabilidades que antes não eram exigidas, pois vivíamos em um mundo com regulamentos cristalizados que limitavam a criatividade. Para viver neste novo mundo, o/a engenheiro/a precisa ser competente no trabalho em equipe, na comunicação oral, escrita e na linguagem gráfica, raciocínio crítico privilegiado, elevado quociente emocional e, por fim, mas não menos importante, a vontade de sempre aprender.
Cabos Datalink garantem funcionamento de alimentador automatizado de bezerras leiteiras da startup.
Rosângela Ribeiro Gil
Assessoria de Imprensa imprensa@
Cristina Camacho
Arte e edição de imagens elisabeth@
Até a pouco tempo, o Brasil não contava com sistema automatizado para fazer o controle do fornecimento de alimentos para a criação saudável, e sem perdas, de bezerras leiteiras. Uma inovação tecnológica demandada pela zootecnia moderna para garantir economia e produtividade em escala.
A ideia da criação do alimentador automatizado, lembra o engenheiro de software Igor Gonçalves de Souza Salvati, e um dos fundadores da startup Systech Feeder, surgiu “quando nosso colega Nilson Nunes Morais Junior, professor na área de Zootecnia do Instituto Federal do Espírito Santo [Ifes], observou a ausência de tecnologias para facilitar o monitoramento da nutrição de bezerras leiteiras”.
Alimentador automatizado de bezerreiras leiteiras da Systech Feeder, que utiliza cabos da Datalink. Crédito: Divulgação
Monitoramento que pode indicar: falta de concentrado para a bezerra, queda no consumo não observada, atraso no desmame, armazenamento inadequado, identificação de anomalias (doenças como diarreia, tristeza parasitária e pneumonia) por meio da redução do consumo de concentrado e perda de peso.
No ano de 2016, ainda conforme o engenheiro, ele e o irmão Gustavo Salvati, especialista em Nutrição de Gado de Leite, junto com o professor do Ifes, começaram a desenvolver o projeto da startup Systech Feeder, que está sediada em Piracicaba (SP). “O propósito era definir o momento adequado do desaleitamento de bezerras de leite, otimizar a mão de obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar”, descreve.
A proposta era o desenvolvimento, com subsequente validação, de um alimentador inteligente que possibilitasse obtenção dos dados de consumo com uso de sensores. A ideia era fazer a coleta de dados em nuvem e possibilitar a visualização, via dispositivo móvel em aplicativo, de informações diárias, gráficos e relatórios de acompanhamento para a gestão e decisões zootécnicas.
Igor Gonçalves de Souza Salvati é cofundador da startup Systech Feeder. Crédito: Divulgação
Salvati aponta que o alimentador fornece informações sobre o consumo diário de ração da bezerra, com isso, uma série de eventos podem ser identificados. “Primeiramente, caso ocorra falta de alimento o gerente será notificado, da mesma forma, se houver oscilação no consumo de ração – que é um indício de alguma enfermidade da bezerra. Ou seja, tem-se a informação em tempo real da nutrição do animal”, explica.
Além disso, prossegue o cofundador da Systech Feeder, “nosso equipamento conta com uma plataforma que permite pesar a bezerra várias vezes ao dia. Um dado primordial para acompanhar o desenvolvimento da bezerra”.
O projeto foi validado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, e os resultados publicados em uma das principais revistas científicas do setor. A partir de então, relata Igor Gonçalves de Souza Salvati, foi realizada a primeira venda de 20 equipamentos para a multinacional Cargill que os alocou na maior fazenda de gado de leite do Brasil, a Colorado, que fica em Araras (SP), onde se produz o Leite Xandô, com a produção de 100 mil litros de leite por dia.
Precisão de dados exige cabos de qualidade
O sistema integrado de software e hardware desenvolvido pela Systech Feeder – para monitorar, em tempo real, o consumo individual de concentrados e a pesagem de bezerras – exige precisão nos dados e informações transmitidos para quem faz a gestão do processo. Por isso, observa Salvati, é crucial que os cabos que conectam o equipamento tenham a qualidade e excelência necessárias para que os dados não sofram qualquer tipo de interferência para evitar erros de informação que vão prejudicar diagnósticos e ações. “É crucial ter cabos resistentes às intempéries encontradas em fazendas, como urina e fezes das bezerras, umidade etc.”, diz o engenheiro.
Para garantir a alta performance e a entrega dos resultados aos clientes, a Systech Feeder adquiriu diversos tipos de cabos da Datalink. A experiência, diz Salvati, foi a melhor possível: “Eles [os cabos] foram de extrema utilidade por suportar as condições críticas encontradas na fazenda, como as condições ambientais do clima e dos animais.”
Uma relação de excelência garantida desde o processo de compra, instalação até assistência para qualquer tipo de dúvida ou esclarecimento sobre os cabos adquiridos. “Todo o processo foi muito tranquilo, a equipe da Datalink se mostrou muito solícita e de prontidão para fazer ajustes no orçamento e esclarecer as dúvidas”, indica o cofundador da Systech Feeder. Ele relaciona os produtos da Datalink: “Os cabos adquiridos foram o Conectoriz-0003, chicote montado (2×0,5+1×1)m x (4x26AWG-TC) + 1x1m x (8x24AWG-TC) e também o Conectoriz-0004, chicote montado 1x(0,2+1,1+1,6+3)m x (4x24AWG-TC) + 1x1m x (8x24AWG-TC).”
Nessa empreitada de inserção no mercado de inovações tecnológicas para o agronegócio, o fornecimento dos cabos se deu em cima da confiança na relação comercial entre a Datalink e a startup. “Ela atendeu todas as nossas expectativas”, elogia Igor Gonçalves de Souza Salvati, cofundador da Systech Feeder.
Uma história de crescimento e premiações
A partir de então, a trajetória da Systech Feeder tem sido de reconhecimento e premiações. Salvati relaciona algumas dessas, como o primeiro lugar, em 2016, no Ideas For Milk, na etapa de Juiz de Fora (MG). No mesmo ano, na mesma competição, conquista o segundo lugar na etapa nacional. No ano seguinte, em 2017, a startup fundada pelos irmãos Salvati e pelo professor Nilson, do Ifes, foi, mais uma vez, laureada com o primeiro lugar na mesma competição. O Ideas For Milk é um desafio de startups realizado pela Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] Gado de Leite, em parceria com empresas de inovação.
A coleção da Systech Feeder também tem a conquista do segundo lugar no Sebrae Like a Farmer 2022, competição que faz parte faz parte da programação do Agrobit Brasil, evento criado para integrar produtores e empresários do agronegócio com soluções tecnológicas e inovadoras disponíveis e capazes de contribuir com o desafio de aumentar a produtividade e rentabilidade do agronegócio.
A Datalink é uma indústria brasileira que, em 2023, completa 30 anos de trajetória de sucesso e crescimento. Um dos pilares que sustentam a empresa, criada por engenheiros brasileiros, é a qualidade no que faz e fabrica. Neste momento, a empresa se dedica ao lançamento de nova família de cabos do padrão de comunicação Profibus: o Profinet e a rede AS-i (Actuator-Sensor Interface).
Os produtos nascem do acompanhamento que a empresa faz das necessidades da indústria por produtos de alta performance. “Com o aumento do volume do tráfego de dados, o mercado vem valorizando produtos que atendam às suas necessidades e isto nos colocou na vanguarda no que diz respeito a soluções em conectividade”, explica o engenheiro de controle e automação Henrique Reis, que integra a equipe de engenharia da Datalink.
Nessas três décadas de mercado, a empresa focou em atender ao nicho que valoriza a qualidade, destacando-se nas especialidades e desenvolvendo produtos para as mais diversas aplicações. Para alcançar este objetivo, investiu e investe em um pátio fabril moderno, com os melhores equipamentos que existem no mundo.
Engenheiro de controle e automação Henrique Reis, da Datalink
Henrique Reis lembra que o “nascimento” da empresa se deu com a fabricação de produtos para o mercado de telecomunicações. Para esta produção, as características elétricas dos cabos fazem toda a diferença e existe uma série de parâmetros, tanto de projeto quanto de fabricação, que deve ser garantida para se alcançar a excelência na qualidade do sinal de radiofrequência. “Este know-how foi fundamental para termos produtos de alta performance na linha de protocolos de comunicação”, observa.
Para a obtenção desse resultado, o complexo industrial, localizado em Embu das Artes (SP), é dotado de equipamentos capazes de medir, por exemplo, capacitância, impedância, indutância, perda de retorno, VSWR (Voltage Standing Wave Radio), atenuação, velocidade de propagação do sinal, resistência elétrica e de isolamento. “O mais importante é que a maioria dos parâmetros é medida quando o produto está sendo fabricado, ou seja, o processo de fabricação por si só é a garantia que teremos um produto de alta performance”, destaca o engenheiro Henrique Reis.
Experiência garante elaboração do projeto Profinet
Segundo ele, o desenvolvimento da linha Profinet (RS485/RS422) se deu de fora para dentro, Reis expõe: “Entendemos, primeiro, o que o mercado esperava do produto e, dentro dos parâmetros já pré-estabelecidos, o que poderíamos melhorar do que já existia disponível no mercado. Com a nossa experiência dos cabos coaxiais, tivemos uma facilidade em compreender. Esta foi a base desse novo projeto.”
A partir da criação da concepção do produto, a equipe Datalink planejou as etapas para a fabricação da nova linha, desde a definição da matéria-prima até a tecnologia de fabricação. Henrique Reis informa que a primeira etapa do projeto estabeleceu os parâmetros elétricos: “Entendemos que em uma linha de automação o cabo deve, no mínimo, garantir a transmissão do sinal de forma a não comprometer o funcionamento do sistema. Após a análise funcional do cabo, a fase 2 está ligada diretamente à qualidade da blindagem e neste momento o projeto trabalha muito o ambiente externo da instalação. Por fim, a avaliação do material empregado, simulando todas as situações reais de campo e cruzando os materiais que venham garantir durabilidade na aplicação.”
Tráfego de informação em sistema de automação
As inovações da Datalink não param por aí. O segundo projeto novo do padrão Profibus é o cabo para a rede AS-i, que é ideal para conectar dispositivos de campo, como sensores e atuadores, e sistemas de processamento de dados, que compõem uma rede de automação industrial com o objetivo de fazer o tráfego de informações de natureza discreta (de zero (0) e um (1). O engenheiro Henrique Reis observa que, para essa linha, a “receita” utilizada pela empresa foi bem semelhante à empregada no Profinet, “porém com as características que a linha exige”.
Nesta linha, prossegue o engenheiro, existe a diferenciação na montagem, pois a regularidade da cobertura se faz essencial para uma boa fixação dos conectores. Henrique Reis explica que toda a tecnologia de controle dimensional existente na planta Datalink foi essencial para a obtenção de um produto de alto desempenho. “Nosso sistema de produção possui controle dimensional automatizado que garante que os valores estabelecidos em cada produto, ou receita, são controlados de forma 100% autônoma pelo equipamento Sikora, este, além de controlar metro a metro, é capaz de registrar todos os valores das dimensões para uma futura análise caso o cliente solicite”, garante.
Características técnicas
Uma série de fatores faz da tecnologia Profinet um lançamento de sucesso da Datalink, declara o engenheiro Henrique Reis, da Datalink. O primeiro, e o principal, afirma ele, é entender que o cabo, apesar de importantíssimo em um projeto de automação, “deve simplesmente ser invisível, garantir que os dados trafegados cheguem ao seu destino sem nenhuma variação ou interferência, seja ela interna ou externa”.
Para que isso, de fato, seja entregue, explana Henrique Reis, tanto o material empregado como o processo de fabricação devem estar totalmente sintonizados para que as características elétricas e mecânicas do produto sejam garantidas e preservadas. “É importante ressaltar que uma fábrica moderna e automatizada faz toda a diferença na obtenção da qualidade e que temos também uma equipe altamente treinada e atualizada nas novas tendências industriais”, diz o engenheiro.
Aceitação positiva
O cuidado na fabricação do produto teve uma boa aceitação junto ao mercado. “Pelo fato de a Datalink já estar inserida em muitos clientes, logo após o lançamento das linhas Profinet e AS-i , a aceitação foi muito positiva. Já temos uma marca consolidada na linha de automação e controle e o novo cabo veio suprir uma necessidade dos nossos parceiros”, afirma o engenheiro de controle e automação da empresa.
Além do retorno ótimo, como define o engenheiro, a Datalink está colocando toda a sua estrutura, como sala de treinamento, pátio fabril, laboratório e equipamentos, à disposição dos clientes. “Entendemos que mais do que vender cabos, nosso negócio é estar ao lado, com parcerias que sejam duradouras e boas para ambos os lados”, afirma ele.
Para finalizar, o engenheiro Henrique Reis acrescenta: “Nosso time trabalha em soluções customizadas, colocando todo o nosso corpo técnico disponível para acompanhar possíveis necessidades de cada projeto em campo, estando desta forma totalmente antenado às reais necessidades de cada aplicação.”
Ciente da importância da ciência e dos cuidados com a vida, a Datalink – empresa brasileira de cabos e conectores de alta qualidade e performance de comunicação e controle para aplicações industriais – também “veste” a camisa da campanha Novembro Azul, cujo objetivo é destacar a importância de exames periódicos para os homens. Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica que o câncer de próstata é o tipo mais comum da doença entre o sexo masculino, e a causa de morte em 28,6% dos casos. Em 2022, a cada 38 minutos um homem morre devido à doença. De 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos pela neoplasia.
Novembro Azul é marcado por diversas ações de divulgação sobre o câncer de próstata, como palestras sobre medidas de prevenção e campanhas para a realização de exames físico (toque) e de sangue (PSA). Além disso, muitas cidades iluminam seus monumentos e prédios públicos na cor azul, de forma análoga à campanha Outubro Rosa.
Para encorajar a população masculina e salvar vidas, publicamos a entrevista com o especialista em Urologia do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Marcus Vinícius Marocollo. Ele destaca que os exames preventivos podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença. Além dos testes, como o toque retal e a dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico), o diálogo e a informação são essenciais na quebra de tabus, alerta o médico.
A ciência é a grande responsável pelo progresso que tem ocorrido no tratamento ao câncer de próstata. Novos medicamentos e técnicas de cirurgias, como a laparoscópica e a cirurgia robótica, melhoram as chances de sobrevida, com qualidade. Por isso, a importância da detectação das alterações e do próprio tumor precocemente.
Como observa o especialista Marcus Vinícius Marocollo, na entrevista, a seguir, o câncer de próstata não costuma causar sintomas na fase inicial. Portanto, torna-se importante a consulta rotineira ao urologista, com o objetivo de fazer o diagnóstico precoce da doença, por meio dos exames físico e laboratorial.
O câncer de próstata é encontrado apenas em idosos? Quais são os fatores de risco?
O câncer de próstata apresenta alguns fatores de risco, como idade, hereditariedade e hábitos de vida (obesidade, sedentarismo e dieta rica em gorduras e proteína animal); apesar de poder ocorrer antes dos 40 anos, o que é bem raro nessa faixa etária. O risco aumenta a partir dos 50 anos de idade, sendo que a maioria dos tumores ocorre após os 65 anos.
Quais são os sintomas e eles podem ser ausentes?
O câncer de próstata normalmente não apresenta sintomas, a não ser em fases bem avançadas. A ocorrência de sintomas urinários – diminuição do jato urinário, acordar a noite para urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e sangramento – está mais relacionada à hiperplasia benigna, que é uma doença diferente do câncer, mas acomete o homem na mesma faixa etária.
Quais hábitos contribuem para prevenir a doença?
Um erro comum é as pessoas acharem que o exame da próstata previne contra a doença. O exame serve para tentar fazer um diagnóstico precoce do câncer, aumentando muito as chances de cura. Mas sim, algumas medidas podem sem tomadas como prevenção: mudança de hábitos alimentares, combate à obesidade e ao sedentarismo.
O tratamento contra o câncer causa impotência sexual?
Com a melhora da técnica cirúrgica, bem como do tratamento radioterápico, a incidência de impotência sexual como sequela do tratamento diminuiu consideravelmente. Porém vários fatores podem estar relacionados com o aumento da incidência de disfunção sexual após o tratamento, como a idade, o tamanho e o grau de invasão do tumor e a própria função erétil do paciente pré-tratamento.
Qual alerta você deixa para os homens em relação aos exames preventivos?
Apesar das mudanças de comportamento nas últimas décadas, o exame do toque retal continua sendo um tabu para muitos homens. Trata-se de um exame rápido, indolor e extremamente importante para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Vale lembrar que o câncer de próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais, ou seja, quando ele ainda é curável. Portanto, não deixe de realizar os exames necessários para um diagnóstico precoce.
Alimentos ricos em gorduras e pobres em fibras podem acelerar o aparecimento do tumor em pacientes com predisposição à doença. A ingestão de carnes vermelhas, leites e derivados aumenta os níveis de uma enzima que ativa a produção do hormônio testosterona. Em excesso, o hormônio facilita o surgimento do câncer.
Ingestão de fibras. Como as fibras não são digeridas pelo organismo, elas funcionam como uma espécie de esponja que absorve e elimina. Entre eles, hormônios e toxinas.
Ingestão de frutas frescas e de vegetais todos os dias.
História da campanha
O Novembro Azul hoje é realizado em todo o mundo, mas teve início com o Movember, movimento cujo nome surgiu da junção das palavras moustache (bigode, em inglês) e November (novembro, em inglês), na cidade de Melbourne, na Austrália, em 2003.
A iniciativa se alastrou e foi adotada por vários países, inclusive o Brasil, em 2008, como forma de chamar a atenção dos homens para a importância da prevenção do câncer de próstata. Hoje, o movimento já atinge mais de 1,1 milhões de pessoas em campanhas formais em países como Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Finlândia, Holanda, Espanha, África do Sul e Irlanda. Seu objetivo principal é mudar os hábitos e atitudes do público masculino em relação a sua saúde e seu corpo, incentivando o diagnóstico precoce.